O conflito entre bancos e bolsas de criptomoedas no Chile ainda está em desenvolvimento, pois alguns bancos estão relutantes em servir este tipo de instituição. Um novo relatório preparado pelas bolsas relata que a maioria desses bancos se recusa a aceitar empresas criptográficas como clientes por riscos que, no entanto, são gerenciados no atendimento a outros tipos de clientes.
As exchanges de criptomoedas ainda lutam contra os bancos no Chile
As bolsas de criptomoedas e outros negócios relacionados à criptografia ainda estão ativos Batalha Bancos privados pelo direito de abrir e manter contas bancárias no Chile. A disputa judicial, que começou em 2018, quando várias bolsas tiveram as suas contas bancárias encerradas por diversas instituições bancárias, será decidida este ano por um tribunal nacional de livre concorrência.
Buda.com, uma bolsa chilena, preparou um documento que concluiu que os bancos conspiram para negar seus serviços às bolsas de criptomoedas por motivos que se aplicam a outras empresas, como empresas que negociam joias, relógios, veículos de todos os tipos, obras de arte ou antiguidades.
Em relação a essas empresas, o documento afirma que elas são “geralmente reconhecidas como um possível meio de lavagem de dinheiro – e que, além disso, são regulamentadas como sujeitos obrigados no direito comparado, mas não no direito chileno”, e critica o uso da lavagem de dinheiro e a falta de regulamentações claras em criptografia como mero pretexto para medidas não competitivas.
Explicação do conflito
A defesa dos bancos privados centra-se no facto de ainda não existirem protocolos definidos de gestão de riscos associados às operações com criptomoedas e de as atividades de branqueamento de capitais, caso ocorram, não poderem ser detetadas e tratadas. No entanto, as bolsas debatem que os bancos estão a tomar medidas contra as bolsas com base em leis não claras, com 79% dos encerramentos ou eventos de negação de serviço a ocorrer num período de três meses.
O Bice Bank, um dos bancos incluídos no processo, afirma ter estipulado três anos antes do início do julgamento que não trabalharia com empresas baseadas em criptomoedas, afirmando que só o faria sujeito à devida diligência e aprovação do regulador anti-lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Por outro lado, o Security Bank, outra instituição financeira, explicou que a sua decisão se baseia no facto de as bolsas de criptomoedas “não terem, e não terão, a regulamentação necessária para prevenir adequadamente estes riscos no curto prazo”.
No entanto, a regulamentação nesta área está lentamente a desmoronar-se, tal como o Chile aprovado e recentemente aprovou uma lei de fintech que inclui criptomoedas em seu escopo. Algumas exchanges já possuem abrir Contas após assinatura de acordos de due diligence, como fez Buda com o Banco Bci em Outubro.
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Sérgio Goschenko
Sergio é um jornalista de criptomoeda radicado na Venezuela. Ele se descreve como atrasado, entrando na criptosfera quando o aumento de preços ocorreu em dezembro de 2017. Ele tem formação como engenheiro de computação, mora na Venezuela e é afetado pelo boom das criptomoedas em nível social. Ele oferece uma perspectiva diferente sobre o sucesso da criptografia e como ela ajuda os desbancarizados e carentes.
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